“O termo
deficiência múltipla tem sido utilizado, com freqüência, para caracterizar o
conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial,
mental, emocional ou de comportamento social. No entanto, não é o somatório
dessas alterações que caracterizam a múltipla deficiência, mas sim o nível de
desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social
e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.”
(MEC, 2006)
Seguindo
a definição dada pela Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989:
• Deficiência múltipla - a associação, no mesmo indivíduo, de
duas ou mais deficiências primárias (intelectual / visual / auditiva / física),
com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global
e na sua capacidade adaptativa.
A deficiência múltipla é uma
condição que resulta de uma etiologia congênita ou adquirida.
Parafraseando
IKONOMIDIS, 2010: “Com relação à abordagem educacional deve ter estratégias
planejadas de forma sistemática, num modelo
de colaboração na qual a comunicação seja a prioridade
central.
É
necessário organizar o mundo da pessoa por meio do estabelecimento de rotinas
claras e uma comunicação adequada. É preciso desenvolver atividades de maneira
multisensorial para garantir aproveitamento de todos os sentidos e que sejam
atividades que proporcionem uma aprendizagem significativa com oportunidades de
generalizar para outros ambientes e pessoas (atividade funcional).”
Segundo Nunes (1999) no trabalho com a pessoa com
deficiência múltipla é fundamental a colaboração da família bem como dos profissionais
de outros serviços no qual todas as pessoas partilhem dos mesmos objetivos.
Surdocegueira é uma deficiência que apresenta perda
auditiva e visual concomitantemente em diferentes graus, levando a pessoa com
surdocegueira a desenvolver várias formas de comunicação para entender e
interagir com as pessoas e o meio ambiente, de forma a ter acesso às
informações, vida social com qualidade, orientação, mobilidade, educação e
trabalho. (Grupo Brasil, 2003)
Podendo esta ser:
Surdocegueira Congênita: a
criança que nasce ou adquire a surdocegueira antes da aquisição de uma língua
(LIBRAS ou Português).
Surdocegueira Adquirida: crianças,
Jovens e Adultos que adquirem a surdocegueira
após a aquisição de uma língua (LIBRAS ou Português).
No que se refere à educação
e à vida social destas pessoas, a comunicação torna-se imprescindível. Vale
citar que “os recursos de comunicação usados pelas crianças surdocegas são
vários (sistemas alfabéticos: dactilológico, letras maiúsculas, tablitas,
braile, máquina de escrever em tinta ou em braile e sistemas não-alfabéticos:
LIBRAS, LIBRAS adaptada, leitura labial, Tadoma, movimentos corporais, sinais
no corpo, símbolos, sistemas suplementares de comunicação como levantar a
cabeça, Bliss, PCS e COMPIC, desenho e outros), mas em todos o tato constitui a
via mais promissora no estabelecimento das interações com o ambiente.” (MEC,
2006)
![]() |
TADOMA |
![]() |
LIBRAS TÁTIL
REFERENCIAS
BRASIL,
LEI Nº 7.853,
de 24 de outubro de 1989.
MEC. Educação infantil, saberes e práticas da
inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização :
surdocegueira/deficiência múltiplasensorial. 4. ed. elaboração profª ms. Fátima
Ali Abdalah Abdel Cader Nascimento - Universidade Federal de São Carlos –
UFSC/SP, prof. Shirley Rodrigues Maia – Associação Educacional para a Múltipla
Deficiência - AHIMSA. – Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
GRUPO BRASIL de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente
Sensorial. Disponível em: <http://www.grupobrasil.org.br/>.
Acesso em: 15 de abr de 2014.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário